Inteligência Artificial e eficiência tributária: o futuro já chegou

Explora dados que mostram que empresas brasileiras gastam até 1.500 horas/ano no cumprimento de obrigações fiscais e como tecnologias com IA estão sendo usadas para automatização e redução de custos, destacando desafios e soluções práticas.

Max Marcondes

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A smartphone is showing an ai assistant's interface.
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O sistema tributário brasileiro é amplamente reconhecido como um dos mais complexos do mundo, exigindo das empresas não apenas atenção constante às mudanças na legislação, mas também um alto investimento de tempo e recursos humanos para cumprir obrigações acessórias. De acordo com dados recentes do portal Contábeis.com.br, empresas no Brasil chegam a gastar, em média, 1.500 horas por ano apenas para atender às exigências fiscais — um índice muito acima da média mundial. Diante desse cenário, a adoção da Inteligência Artificial (IA) surge como uma das soluções mais promissoras para transformar a gestão tributária empresarial.

A tecnologia, especialmente a IA, já está sendo integrada a softwares contábeis e sistemas fiscais que automatizam tarefas como emissão de notas fiscais, apuração de tributos, conferência de documentos e entrega de obrigações acessórias. Esses sistemas inteligentes não apenas reduzem significativamente o tempo dedicado a tarefas repetitivas e operacionais, como também minimizam o risco de erros humanos, que podem gerar multas, autuações e prejuízos financeiros. Como aponta o portal Contadores.cnt.br, empresas que utilizam soluções automatizadas com suporte jurídico conseguem alcançar uma economia de até 30% nos custos operacionais fiscais.

Além disso, a inteligência artificial está sendo empregada na análise preditiva de riscos, cruzando dados fiscais internos com bases públicas para identificar inconsistências, prevenir passivos e orientar decisões estratégicas. Essa abordagem, quando integrada à consultoria jurídica tributária, torna-se ainda mais poderosa: o advogado tributarista, com apoio da IA, pode oferecer diagnósticos mais rápidos e precisos, além de desenhar planejamentos fiscais personalizados com base em dados reais e projeções confiáveis.

No entanto, o uso da IA também impõe desafios, como a necessidade de requalificação das equipes, a adaptação a novas ferramentas e o cuidado com a segurança dos dados fiscais. A integração eficaz entre tecnologia e assessoria jurídica é, portanto, essencial para garantir que a automação ocorra com segurança, responsabilidade e dentro dos limites da legislação vigente.

Em um país onde o tempo e o custo da burocracia tributária afetam diretamente a competitividade, adotar inteligência artificial não é mais uma vantagem — é uma questão de sobrevivência e visão estratégica. O futuro da eficiência fiscal já começou, e ele passa pela união entre tecnologia e inteligência jurídica.

Fontes:

contabeis.com.br – Acesso em 2024

contadores.cnt.br – Acesso em 2024